Na madrugada de terça-feira, 14 de outubro de 2025, a Paraíba enfrentou uma interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica, afetando 58 municípios do estado. O apagão teve início às 00h31 e foi restabelecido por volta das 00h40, durando aproximadamente nove minutos. A concessionária Energisa, responsável pela distribuição de energia na região, informou que a falha foi causada por um evento externo no Sistema Interligado Nacional (SIN), especificamente um incêndio em um reator na Subestação de Bateias, no Paraná. Esse incidente provocou a abertura da interligação entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste, impactando todo o país.
A interrupção afetou diversas cidades paraibanas, incluindo Pedra Lavrada, São João do Cariri, Dona Inês, Princesa Isabel, Malta, Sumé, Bananeiras, Soledade, Araruna, Coremas, Santa Luzia, Pocinhos e Bonito de Santa Fé. Apesar da breve duração do apagão, a situação gerou preocupação entre os moradores e comerciantes locais, que enfrentaram desafios temporários em suas atividades diárias. A rápida resposta da Energisa foi crucial para minimizar os transtornos e garantir a retomada do fornecimento de energia.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) adotou o Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC) para lidar com a sobrecarga no sistema e evitar danos maiores. Esse mecanismo de segurança é acionado em situações de emergência para proteger a infraestrutura elétrica e restabelecer o equilíbrio do sistema. A atuação eficiente do ONS e da Energisa demonstrou a capacidade de resposta do setor elétrico brasileiro a situações adversas.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, classificou o incidente como um caso pontual e destacou que o rápido restabelecimento da energia evidenciou a robustez do sistema de transmissão nacional. Segundo ele, a interrupção não foi causada por falta de energia, mas por um problema na infraestrutura que transmite a energia. Essa declaração reforça a importância de investimentos contínuos na modernização e manutenção das redes elétricas para garantir a estabilidade do fornecimento.
Embora o apagão tenha sido breve, ele serviu como um alerta para a necessidade de aprimorar a infraestrutura elétrica e aumentar a resiliência do sistema diante de eventos inesperados. O incidente evidenciou a interdependência das regiões do país no que diz respeito ao fornecimento de energia e a importância de uma gestão eficiente e integrada dos recursos energéticos. A colaboração entre as diferentes esferas de governo e as concessionárias de energia é essencial para enfrentar os desafios do setor elétrico.
Além disso, a situação ressaltou a importância da comunicação clara e transparente com a população durante eventos de interrupção no fornecimento de serviços essenciais. Informações precisas sobre as causas do problema, os esforços para restabelecer o serviço e os prazos estimados para a normalização ajudam a reduzir a ansiedade da população e a fortalecer a confiança nas instituições responsáveis pela gestão dos serviços públicos.
A experiência adquirida com esse episódio pode servir como base para o desenvolvimento de estratégias preventivas e corretivas que visem minimizar os impactos de futuras interrupções no fornecimento de energia. A implementação de tecnologias avançadas de monitoramento, a realização de simulados de emergência e a capacitação contínua dos profissionais do setor são algumas das medidas que podem contribuir para a melhoria da qualidade e confiabilidade do serviço elétrico.
Em conclusão, o apagão que afetou a Paraíba na madrugada de 14 de outubro de 2025 evidenciou a importância da infraestrutura elétrica e da capacidade de resposta das instituições responsáveis. Apesar dos desafios temporários enfrentados pela população, a rápida normalização do serviço demonstrou a eficácia das ações adotadas e reforçou a necessidade de investimentos contínuos no setor elétrico para garantir a segurança e o bem-estar da sociedade.
Autor: Vlasov Gogh