Viajar para se encontrar é mais do que trocar de cenário, é um processo consciente de autoconhecimento em movimento. Segundo Andrey de Oliveira Pontes, cada deslocamento abre uma porta interna, permitindo que a pessoa questione certezas, reveja prioridades e descubra novas formas de viver. Ao entrar em contato com culturas diferentes, você se vê obrigado a sair do piloto automático, observar mais, ouvir melhor e posicionar-se diante do novo com curiosidade e respeito.
Esse processo não acontece de forma automática, mas sim quando a viagem é encarada como experiência, e não apenas como consumo de pontos turísticos. Veja mais sobre essa temática na leitura abaixo:
Viajar para se encontrar: o primeiro passo é sair do lugar
Viajar para se encontrar começa com a decisão de tirar a ideia do papel, mesmo que o destino seja próximo ou simples. Muitos adiam viagens por acharem que só valem a pena se forem longas ou para lugares muito distantes, mas o contato com uma nova cultura pode ocorrer em outra cidade, outro estado ou até em bairros com realidades diferentes. Como evidencia Andrey de Oliveira Pontes, o importante é permitir-se viver o desconhecido de forma ativa, observando hábitos, sotaques, sabores e modos de organização social.

Ao sair da rotina, você também se distancia da imagem que construiu de si no cotidiano. Em um novo ambiente, sem rótulos pré-definidos, é possível testar comportamentos, fazer escolhas diferentes e perceber como reage longe das pressões diárias. O deslocamento físico favorece o distanciamento emocional de problemas, ajudando a enxergar situações com mais clareza. Em muitos casos, decisões importantes de carreira, relacionamentos e projetos pessoais surgem nesses intervalos fora de casa.
Conexões humanas que transformam perspectivas
Um dos maiores impactos de viajar para se encontrar está nas pessoas que você encontra pelo caminho. De acordo com Andrey de Oliveira Pontes, conversas casuais em cafés, hostels, transportes públicos ou passeios guiados revelam histórias de vida que desafiam crenças e convidam à empatia. Quando você escuta alguém que cresceu em outro contexto, com desafios e referências diferentes, percebe que sua realidade é apenas uma entre muitas possibilidades, o que diminui julgamentos e amplia o respeito à diversidade.
Essas conexões humanas também funcionam como espelho. Ao explicar quem você é, o que faz e o que busca, acaba organizando pensamentos e prioridades. Em diálogos com pessoas de fora, muitas vezes fica evidente o que realmente importa e o que era apenas expectativa alheia ou pressão social. Essa troca genuína, sem a bagagem de quem já o conhece há anos, reforça o processo de se redescobrir. Você percebe que pode se apresentar ao mundo de novas maneiras, sem precisar reproduzir antigas versões de si.
Aprendizados que seguem com você para sempre
Os aprendizados de quem decide viajar para se encontrar não ficam registrados apenas em fotos; eles se incorporam aos hábitos e à forma de tomar decisões. Ao experimentar novas culinárias, formas de trabalho, modelos de transporte e usos do espaço público, você passa a questionar o que aceita como “normal” em sua rotina. Muitos viajantes voltam inspirados a consumir de forma mais consciente, valorizar o tempo livre, priorizar experiências em vez de objetos e repensar a relação com o trabalho e o dinheiro.
Com o tempo, esse repertório multicultural se torna uma espécie de biblioteca interna de referências. Você lembra de como determinados povos lidam com conflitos, celebram conquistas, cuidam da comunidade ou organizam o dia a dia, e passa a adaptar essas inspirações à sua realidade. Como demonstra Andrey de Oliveira Pontes, viajar com intenção transforma não só o olhar sobre o exterior, mas principalmente a forma como você se enxerga por dentro.
Viajar para se encontrar em cada escolha
Em suma, viajar para se encontrar é um convite permanente a olhar para fora e para dentro ao mesmo tempo. Conforme expõe Andrey de Oliveira Pontes, o contato com novas culturas revela que não existe apenas uma forma correta de viver, trabalhar, amar ou envelhecer. Cada destino mostra alternativas que podem ser adaptadas à sua vida, ajudando a construir um caminho mais coerente com seus valores pessoais.
Autor: Vlasov Gogh










